Se a macumbaria preexiste ao Novo Mundo, e aqui persiste enquanto Memórias da Transfiguração, lembradas e cultuadas em nossas fisicalidades e arquiteturas. Se a macumbaria existe antes da fotografia, da televisão e da internet, então não há nela uma dependência aos veículos comunicacionais que sustentam a temporalidade linear, mas sim, existe uma relação acontecendo porque macumba é movimento feito em terras, mares, rios e céus amaldiçoados pela comunicação que nos anuncia a morte do esquecimento!
Macumba é movimento que gera energia e energia que gera movimento. Meu encontro virtual com minha amiga Ventura Profana alterou o campo energético de minha casa e nossa conexão invisível provou que a internet não é a nova roda mas sim incompetente em sua falsa promessa de dar visibilidade.
Porque, a invisibilidade de nossas conexões macumbeiras já nos era uma realidade tecnológica; não virtal, mas carnal. Quando nos comunicamos pelo olhar, e mesmo no escuro, no apagão, acessamos uma a outra e reafirmamos nossa persistência de continuarmos juntas. Afirmamos a incorporação uma da outra.
Se de fato somos espiritualizadas, nossa energia nunca será suportada pelo wifi.
Mas, isso é o nosso mistério. Porque ainda assim nos tornamos visíveis aos olhos da contemplação que pouco conseguem nos encontrar no apagão; e nem devem.
Lembrar daquilo que esqueci, enquanto subo e desço a Fonte Grande (Vitória/ES, BR). Criar um mapa das fontes da Fonte Grande. É uma experiência estética de imersão que inicia-se em julho de 2018. É uma promessa que fiz pro meu avô, que descobri ser uma aposta que ele fez em mim. Subir e descer semanalmente a Fonte Grande durante o tempo que me for necessário viver.
terça-feira, 28 de julho de 2020
domingo, 26 de julho de 2020
Ontem 02:20
olha, eu nao botei mt minha voz pq fico recuada nos encontros virtuais, me limitam em algm lugar esse registro “nao presencial” q n tem ali a carne emanado calor, o respiro o toque né...mas sinto q ultrapassamos ali a frieza da tela, estou mt tocada atravessada por td q foi implicado ali, por essa espiral q mergulhamos. porra sou mt admiradora de seu trabalho de todas as suas perambulancias compartilhadas. foi um alimento sagrado esses encontro, agradeço por torna isto possível! torcendo sempre por ti,compartilho todo carinho amor e luz pros teus caminhos! e eu amo seu sorriso, uma delicia! te sinto. bejao!🦋❤️
olha, eu nao botei mt minha voz pq fico recuada nos encontros virtuais, me limitam em algm lugar esse registro “nao presencial” q n tem ali a carne emanado calor, o respiro o toque né...mas sinto q ultrapassamos ali a frieza da tela, estou mt tocada atravessada por td q foi implicado ali, por essa espiral q mergulhamos. porra sou mt admiradora de seu trabalho de todas as suas perambulancias compartilhadas. foi um alimento sagrado esses encontro, agradeço por torna isto possível! torcendo sempre por ti,compartilho todo carinho amor e luz pros teus caminhos! e eu amo seu sorriso, uma delicia! te sinto. bejao!🦋❤️
sexta-feira, 17 de julho de 2020
a palavra Travesti tem uma longa história que me antecede e me constitui porque Travesti é a palavra usada para nomear transmutações da carne e do espirito que acontecem nesse planeta antes mesmo da palava Travesti existir.
A transfiguração antecede a palavra, porque o corpo antecede qualquer linguagem criada na encarnação, mesmo que a linguagem crie corpos.
Então, a palavra Travesti antecede as nomeações Queer no Brasil, e desde sempre aponta para transmutações que hoje são traduzidas como Queer. Mas Travesti não se traduz; assim como Bixa e Sapatão também não.
Por isso estudo, compreendo, respeito e modifico a história da palavra e das existências Travestis.
Porque no Brasil a monstruosidade só é opção pras pessoas brancas. Sou negra, nasci monstra.
Então como é possível abdicar de uma coisa que nunca tive (a humanidade, a normalidade ) ?
A Beleza Travesti é a beleza da Transfiguração. Então é a beleza fenotípica e espiritual.
Olha, eu não trabalho com a categoria Queer nem com a Mulher.
A transfiguração antecede a palavra, porque o corpo antecede qualquer linguagem criada na encarnação, mesmo que a linguagem crie corpos.
Então, a palavra Travesti antecede as nomeações Queer no Brasil, e desde sempre aponta para transmutações que hoje são traduzidas como Queer. Mas Travesti não se traduz; assim como Bixa e Sapatão também não.
Por isso estudo, compreendo, respeito e modifico a história da palavra e das existências Travestis.
Porque no Brasil a monstruosidade só é opção pras pessoas brancas. Sou negra, nasci monstra.
Então como é possível abdicar de uma coisa que nunca tive (a humanidade, a normalidade ) ?
A Beleza Travesti é a beleza da Transfiguração. Então é a beleza fenotípica e espiritual.
Olha, eu não trabalho com a categoria Queer nem com a Mulher.
segunda-feira, 13 de julho de 2020
sim, nós ocupamos o vazio com a fala, que é líquida, que escorre Kalunga, os momentos de silêncio são mais importantes, esses suspiros também, por isso sinto você
agora, a você travesti de coragem, não tema a vastidão da falta, você risca algo tão marcante em nossas encruzilhadas que a futuridade dirá o quanto é importante confundir a fala academicista que não assenta o desvio
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