sexta-feira, 29 de março de 2019

terça-feira, 26 de março de 2019



Experiência instalativa "Quarto de Cura" no Morro da Fonte Grande, Vitória/Espirito Santo - Brasil. 2018. 6 m2
Técnica: fotografias digitais, desenho feito com tinta de tecido, tecido, costura, silicone, impressão 8,5x16cm, tambores, casacapotes de vidro e plástico, água, pedras, conchas, incensos, velas, defumador, esteira de palha, mesa e prateleira de madeira, xarope, garrafadas, pomadas, chá, sabonetes, venenos, sisal, plantas: alecrim, malva, hibisco, canela-de-velho, camomila, calêndula, espada-de-Ogum, espada-de-Iansã, aroeira, alfazema, boldo.
Instalação realizada dentro da casa de Renato Santos, no Morro da Fonte grande. Experiência realizada 15/12/2018 à 11/01/2019

Visitantes

Felipe Lacerda. Kika Carvalho. Brunna Tera. Paulo Gois Bastos. Rafael Segatto.
Felipe Gomes. Haroldo Lima. Luiz Henrrique Brasileiro Vasconcelos Priscila de Oliveira Pereira.
Jessika dos Santos Ferreira. Larissa Brasileiro Silva. Maksuel Brasileiro dos Santos.
Narelly Luis. Quenia Nascimento Lyrio. Gelso de Souza Vieira. Luiza Vitorio. Matheus Magno.
Rafael da Silva Machado. Karen Valentim. Gleice Neves. Michelle Lopes.
Hanne Machado Grillo Martins. Natan Dias dos Santos. Giulia Bravo. Guilherme Duarte.
Camila. Maria Amelha. Maria Anitta Brasileiro Falcão.  Marcela Brasileiro Falcão.
Lucia dos Santos. Penha (Dona Penha). Maria da Glória (Doquinha). Roger Gomes Ghil.
Elida Teixeira Vitorino. Eduardo Rangel. Marciel. Rodrigo S. de Jesus. Catarina Silva. Antenor.
Zeni. Ramon Matheus. Kenedy A Gualande. Kauan Viana Gualande. Heloyane Ferreira Viana.
Napê Rocha. Maria Tereza ( Tia Tetê). Larissa Brasileiro Silva. Sâmila Candeia. Andressa Riguête.
Tatiane Loureiro Brasileiro. Maksuel Brasileiro Silva. Luís Felipe dos Santos Nascimento.
Daniele Souza Viana. Paulo Viana. Maria Luiza de Barros Rodrigues. Gabriela L. Pereira.
Rafael Segatto Barbosa da Silva. Arielly da Fonseca Campos. Bárbara Galvão Silva.
Thaís Almeida Rodrigues. Danilo dos Anjos. Michele Sá. Bernaro. Joyce Castelo.Davi Alves Rocha.
Juan Victor Gonsalves. Thaísa Formentini. Eduardo Schettini Corrêa. Nayara Oliveira. David Rocha.
Ana Carolina Lyriu Carvalho. Matheus A. Sampaio. Rebeca dos Santos Ribeiro. Luisa Aguiar.
Ana Hercket. Kemila. Thiara Pagani. Patricia Bregatto.  

quinta-feira, 21 de março de 2019


Somagrama  dessa última semana. Fim do verão e inicio do outono. Eu vivi um esgotamento, e consegui compreender o tempo do descarrego. Minha tia Maria de 88 anos faleceu, numa data próxima daquela que se completam 3 meses do falecimento daquele preto velho que criou. Meu avô Bininho. Seu irmão mais novo. E eu tenho 22 anos. E eu estava assim esses dias, como esses desenhos! 

quinta-feira, 7 de março de 2019

Sagrado feminino de merda. Meu sagrado é de merda porque meus testículos são femininos? Meu feminino é de merda porque meu sagrado é retinto avermelhado? Ser feminina é uma merda, mas se dizem que não sou feminina porque continuo uma merda? Sou negra e me chamam de negro. Pela la, não existe ingenuidade entre nós. No momento da violência, todos sabem que sou bixa ou travesti. Então porque me chamam de negro? É uma hipocrisia que não me pertence. Porque há uma projeção. Me reconhecem como merda e me classificam numa cisgeneridade que vocês reconhecem não existir em mim no momento que me chamam de merda. Se sou uma merda então sou feminina e sagrada.

sábado, 2 de março de 2019

o trauma é brasileiro e a cura é Banto. e é pacífico la em baixo. não preciso falar ou rezar. foi porque eu mergulhei, e vi que é bem escura minha existência. é densa. sou negra, tenho varias cores, todas elas escuras. densas. meu trauma é brasileiro, pois foi brasileiro o nome escolhido por um alemão que batizou meu bisavô assim. brasileiro. inaugurou um novo trauma colonial na historia da minha família. e meu corpo, o que inaugura? e meu corpo negro, testiculado e feminino, o que inaugura nesta família brasileiro que é vitorino, loureiro e teixeira? 
não inaugurou a cura. atualizo um modo de cura que possibilitou minha existência. 
hoje o nomeio de clinica da efemeridade. e continuo sendo chamada de macumbeira, como minha tia nega foi, e era. somo duas macumbeiras. ou seja, despachamos a colonialidade que existe em nós sempre que incorporamos aquelas vidas que nos ensinam que a vida é água.  a vida é mutável, é diferença, é perecível. e a morta é inauguração de um outro modo de viver. quero viver continuando manipular a vitalidade que nos conecta. artista é medica. mediu é artista. psicóloga o que deve ser?sensível, corajosa e não preguiçoso. comprometida com o descarrego dos gestos ensinados pelas ficções racistas.