a chuva que não conhecemos
Quando amanhã eu abrir os olhos,
6 musculos serão rompidos pela substancia.
Não saberei me comportar como um animal, e aceito minha volta para casa, kalema.
Pedi para chuver quando eu novamente aqui estivesse em Jupiter.
Pois quando eu estava na Terra, não me satisfazia o principio da água
O principio do travestismo. A podridão do verbo
Pedi para que a substancia ocorresse em minha materia, e comprovasse pra mim que estou viva após a morte
E ainda que os aneis de Saturno não existissem àqueles olhos, precisei acreditar e defende-los enquanto naquele Mundo eu vivia por alguns momentos
Não consigo chorar, pois não sou feita de sangue. Mas lembrarei desta explosão, e quando voltar a viajar entre as dimensoes planetárias, direi sobre o bigbang e sobre a morte das estrelas
Porque a água nao é o prinicipio da vida cideral, mesmo a raça não sendo o principio da vida naquele planeta
Pensei em trazer um pouco de liquido negro, para devolve-lo transfigurado ao Sistem Solar, e assim novamente modificar a história. Mas como eu iria levar petróleo para outro planeta, sendo que minhas viagens acontecem em sonhos e com a morte?
Estando aqui sinto sede. Estando aqui, eu me sinto extra-alguma-coisa. Então eu realmente preciso dizer que o erro da colonização foi nos fazer sentir que realmente somos de outros mundos e planetas?
Sim, ultrapassar o desafio da sobrevivência ocidetal me gerol ansiedade, porque todos os dias eu lembrava que o Sistema Solar não existe, sim, por isso transformei aquele orgão em uma vagina, porque agora, neste momento, nada mais existe se não lembranças que me fazem querer chorar, mesmo não sendo mais uma espécie terráquea.
Isso é uma transição? Por favor, se me leem agora, é porque eu realmente decidi aprender a falar.
E por isso eu dormir sem saudades, depois de décadas aprendendo a me comunicar de varias formas com viagentes do tempo: Exús, vuduns, orixas, inquises. Eu levantei da cama, olhei para o céu e senti: é hoje que vou morrer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário