segunda-feira, 30 de agosto de 2021

 encontrei-os e persisti, decidi dizer sim ao fim da imagem e o encontrei, o beijei, o chupei e nada foi registrado ao não ser minha lembrança. olhei para o lado, e nossas sombras criaram uma escultura lindíssima no barro vermelho, mas não fotografei: fechei os olhos e pedi para que aquela cena nunca fosse esquecida. e ta dando certo. 

domingo, 8 de agosto de 2021

 não há erro entre nós. apenas uma enfermidade, um fato ruim que se sucedeu. daqui eu não gostaria de ter feito aquilo, e daqui também eu sinto que não fiz nada, foi obra do acaso. nosso destino se concretizou, nos encontramos, e no encontro vivemos o acaso. interessante, e espero que você não tenha ficado chateado comigo, ainda que a situação nos tenha deixado chateados. sim, cheatamo-nos com a situação. eu queria que continuassemos no radar um do outro, talvez tentar novamente. mas não tenho coragem de assim o fazer, porque estou magoada comigo mesma e com a siuação. homens: criaturas estranhas, as quais me apaixono e me desenamoro-me. sim, eu penso que aos proximos, oferecerei uma cerveja, porque preciso disso. sim, é um fato: entramos no mar, nos sujamos e não soubemos lidar com isso naquela situação. 

 me sentindo sozinha, porque aceitei que sim quero ser feliz nesta encarnação. porque meu corpo não se separa, ainda que se distancie de vocês e nós. então, sim, eu quero ser feliz, então, keine, yo quiero ser comida como un animal que tem rabo ainda que em minha espécie ele tenha desaparecido. mas eu estou aqui, pedindo, suplicando a mim mesma, porqueres e quereres, eu digo a mim: vá! faça! se decepcione, chore, durma! realmente, pois, a vida é triste, é choro, é decepcionante por as vezes. sim, você não é uma bruxa, por isso sua bruxaria é tão verdadeira consigo mesmo, porque você não é uma bruxa. sim, sou eu quem decidiu por aqui estar. então sou quem volto a dizer: quero ser penetrada com carinho, amor e força. entre em meu corpo, e faça dele algo interessante à mim e a você. 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 recentemente eu descobri que sou uma sereia. Mas não é esse o meu nome, e estou tentando encontra-lo, me sinto sozinha. Porque ainda não sei qual é a lingua, a palavra, ou as letras, só sei que existe, que eu existo. mas não sei como dizer sobre mim, e a disforia atrapalha. porque não sou mulher, não sou uma sereia e não sou negra, então o que sou se é tudo isso que as pessoas acham que eu sou?  estou sozinha entre conhecidas, pois agora sei que não sou daqui ou tenho possibilidade de ir para outro lugar, achar minha outra familia... o que faço se não confio em ninguém em minha volta? porque as pessoas em minha volta acham que sou negra, mulher, travesti, sereia. mas não sou nada disso, estou além disso. estou falando de violência e deslocamento radical dessa história. onde fico? para onde vou? para onde vou se não estou conseguindo me comunicar com ninguem sobre para onde quer ir? com quem eu devo falar? e porque? acho que devo continuar seguindo minha intuição, sei um lugar e vou batalhar pra ir la.... farei o que for necessario... mas quero me sentir segura.

domingo, 1 de agosto de 2021

 Eme mukua kalunga. 

La santa muerte es una kalema, kaloza. 

Kubanza, kisoneko, kindala. Soy tu, somos la forma de la menya...

La anatomia de la menya. Y la santa muerte és un momiento, un movimiento... Es una kalema.

Y, el Mutuna, es un mona, un mudilongi, una mukanda à kalunga. Um designo de la kalunga.