Lembrar daquilo que esqueci, enquanto subo e desço a Fonte Grande (Vitória/ES, BR). Criar um mapa das fontes da Fonte Grande. É uma experiência estética de imersão que inicia-se em julho de 2018. É uma promessa que fiz pro meu avô, que descobri ser uma aposta que ele fez em mim. Subir e descer semanalmente a Fonte Grande durante o tempo que me for necessário viver.
sexta-feira, 17 de abril de 2020
acabei de ver um video de uma amiga retinta que não encontro faz um tempo. hoje sou travesti, mas na época que eu a encontrei eu era outra coisa. nos encontramos pela cor, hoje travesti eu me sinto insegura em encontra-la.... talvez não de encontra-la mas de como sustentar o encontro. tenho tido isso com pessoas negras, percebido que minha travestilidade é um problema ou eu faço dela um problema. não sei até onde é minha insegurança e onde começa a travestifobia de minha negritude travesti. as vezes sei, mas agora não sei. agora e em outros momentos também. ai eu fico pensando em encontrar mais travestis pretas, mas encontra-las por ser travestis e negras não basta. enfim, me da vontade de acampar la na Torre da Fonte Grande e ficar la, vivendo o escuro e o silêncio da mata que nunca se cala. tenho vontade de levantar uma barraca, levar comida e agua, e passar a noite la. tenho vontade de ser 00:00 e eu estar acordada na escuridão, olhando para o céu e para os lados, sentindo medo e tesão. tenho essas vontades, de enfrentar meu medo do invisivel... da escuridão. tenho essa vontade de viver o medo e deixar ser tomada por ele até o medo ser incompativel com meu corpo.é essa minha vontade...
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