sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

vou começar dizendo em silêncio que: se eu pudesse continuaria falando calada. Eu tenho olhado com olhos fechados para a fumaça do Quarto Fumê e enxergado a luz ultra violeta. E quando a vejo, entendo esse meu cansaço de ser vista, que é porque quando me veem pedem para meus olhos de travesti enxergarem a Cura para os seus de viado preguiçoso e medroso. 

Mas sou canceriana com muitos planetas em gêmeos, então me perco no desejo de dizer sobre o amor. Amo Rodrigo, Marcela e agora Jade e Rainha. As vezes esqueço como me amar e respirar. A disforia de gênero é um vicio racista, e teve uma gira que exú gargalhou de minha cara e disse: nem elas acreditam no que falam, você precisa acreditar em você! 

Então eu disse: não me interesso em ficar zigzagueando de homem pra mulher. Enquanto isso ja virei trava e tem uns meses que meu corpo pede vários banhos durante a semana. Ai lavo minha cabeça mas não posso esquecer de limpar meu chakra Anahata. Entendi que disforia é um mal olhado porque é um olhar racista cisgênero.  

Então enquanto se importam em conquistar a branquitude para ter visibilidade, faço yoga com vontade de voltar a fazer capoeira, para desaprender o desejo de representar e ser representada. E uso óleo essencial de gerânio. Ai vou me lembrando.... 


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